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Riscos climáticos: como transformar ameaças em oportunidade estratégica com ações de adaptação

Riscos climáticos exigem mais que metas de emissão: descubra como empresas estão transformando ameaças em estratégia com planos de adaptação, inovação e resiliência.

Riscos climáticos: como transformar ameaças em oportunidade estratégica com ações de adaptação

Fala-se muito sobre o compromisso das empresas com metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. No entanto, subestima-se o potencial de disrupção operacional e o impacto financeiro que os riscos climáticos podem exercer nos negócios. Isso não se aplica apenas às atividades ou aos ativos das empresas, mas também se estende a toda a sua cadeia produtiva.

Um estudo recente da S&P Global aponta que as perdas econômicas relacionadas às mudanças climáticas atingiram 320 bilhões de dólares em 2024, com base em dados da empresa de resseguros Munich Re. A S&P Global destaca que, mesmo em um cenário de transição climática lenta, todos os setores terão, no mínimo, uma exposição moderada a esses riscos até 2030, caso não adotem medidas de adaptação. Apesar disso, apenas 21% das empresas possuem um plano para minimizar o impacto financeiro e construir resiliência.

Alguns setores estão ainda mais expostos devido à sua cadeia de valor, com variações que dependem do nível de dependência e da sensibilidade às mudanças climáticas. Isso significa que empresas do setor alimentício, agronegócio, automotivo e químico apresentam um perfil de risco climático físico mais elevado, pois somam a exposição de suas próprias operações àqueles presentes em suas cadeias de valor.

Para todo risco, uma oportunidade

Por outro lado, elaborar um plano de adaptação e realizar investimentos para proteger os negócios contra os riscos climáticos pode dar início a um círculo virtuoso. Esse movimento beneficiaria a própria empresa, sua cadeia de valor e até mesmo se estenderia a outros setores, como no caso de iniciativas voltadas à infraestrutura. Além disso, esses investimentos podem impulsionar a inovação em tecnologias, produtos e serviços, assim como diversificar as cadeias produtivas.

A Global CEO Survey da PwC mostrou que 48% dos CEOs do setor de energia no Brasil, por exemplo, relataram aumento de receita ao apostar em investimentos climáticos nos últimos cinco anos. As mudanças climáticas foram apontadas como o principal risco identificado no setor (com 31% das respostas). Em decorrência disso, as empresas têm investido na resiliência das redes elétricas e, mais do que isso, ajustado seus portfólios de ativos para priorizar energias renováveis. Assim, o que inicialmente seria apenas um plano de adaptação se transforma em uma agenda estratégica para explorar novas oportunidades de receita.

Verene Energia: estudo de caso

Em 2024, a Report elaborou para a Verene Energia um Estudo de Análise de Riscos Climáticos. O projeto foi parte significativa do Plano de Ação ESG conduzido ao longo do ano, visando atender inclusive aos critérios estabelecidos pela IFRS 2. 

Segundo Taysa Costa, especialista em meio ambiente da Verene, “o estudo desenvolvido pela Report foi fundamental para a consolidação da Agenda ESG da companhia, permitindo que a Verene identifique e se antecipe frente aos riscos climáticos aos quais os seus ativos estão expostos, o que contribui para um planejamento estratégico cada vez mais assertivo, possibilitando o crescimento sustentável da empresa”.

O projeto:

Com base na ciência, identificamos os riscos climáticos mais relevantes que podem afetar as operações e a cadeia de valor da empresa.

Metodologia:

  • Identificação das ameaças climáticas
    • Considera as operações da empresa e toda a sua cadeia de valor
    • Foca nos eventos climáticos que podem impactar diretamente ou indiretamente o negócio
  • Definição das variáveis-chave
    • Inclui análise de dados de séries históricas
    • Leva em conta variáveis climáticas específicas
  • Utiliza cenários projetados pelo IPCC
    • Cruzamento de dados para avaliação de risco
    • Permite identificar o grau de risco, considerando exposição e vulnerabilidade
    • Classifica o risco em diferentes faixas
  • Valoração de ativos e estimativa de danos
    • Identifica e quantifica financeiramente os ativos expostos aos riscos
    • Avalia possíveis perdas em cada nível de risco identificado
  • Geração de heatmaps e mapas temáticos
    • Oferece visualização georreferenciada dos riscos 
    • Facilita a compreensão e a comunicação dos resultados
  • Embasamento para ações de adaptação climática
    • Fornece informações para apoiar a tomada de decisões sobre medidas de adaptação
    • Inclui um plano de recomendações para implementação efetiva das ações.
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