A COP30 começou com um olhar atento à adaptação climática nas cidades brasileiras. No painel “Implementando Ações de Adaptação”, realizado na Green Zone, representantes do governo federal discutiram como ciência, planejamento urbano e financiamento público podem se unir para que a adaptação aconteça de forma efetiva nos territórios.
Participaram o ministro das Cidades, Jader Filho, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e a vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães.
O debate destacou a urgência de fortalecer políticas públicas baseadas em dados e integrar diferentes áreas do conhecimento para prevenir riscos e promover soluções sustentáveis.
Entre os anúncios, o ministro apresentou o novo sistema SINIDU CLIMA, criado em parceria com o MCTI, que reunirá informações científicas e projeções climáticas para orientar decisões de investimento em projetos de adaptação. Também foi lançada uma linha de apoio financeiro voltada a municípios de pequeno e médio porte, em parceria com a Caixa, com o objetivo de viabilizar obras de prevenção e fortalecer a elaboração de projetos locais.
Inês Magalhães lembrou que 85% da população brasileira vive em áreas urbanas, reforçando que a crise climática será enfrentada principalmente nas cidades. Já a ministra Luciana Santos ressaltou que metade dos municípios do país tem áreas de alto risco e destacou a importância de integrar dados científicos e planejamento urbano para reduzir vulnerabilidades.
Durante o painel, foram citadas plataformas e instituições fundamentais para o monitoramento de riscos e apoio à gestão pública, como Adapta Brasil, Cemaden e Inpe.
Entre os pontos centrais discutidos, estiveram a necessidade de decisões baseadas em ciência, o apoio técnico e financeiro aos municípios e a importância da integração entre governo, ciência e sociedade.
As discussões reforçam que a adaptação climática não é apenas uma pauta ambiental, mas uma questão estratégica de desenvolvimento e competitividade. Assim como os governos, as empresas também precisam compreender seus riscos climáticos — físicos e de transição — e se preparar para eles.
Na Report, buscamos aliar ciência e visão de negócio para apoiar organizações na identificação de riscos, oportunidades e ações de adaptação que contribuam para um futuro mais resiliente.
Sabrina Fagundes
Gerente de negócios em estratégia e clima – Grupo Report
Integrante da Comitiva Report na COP30