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Relato Integrado segue forte – e é a escolha ideal para quem adotar as Normas IFRS S1 e S2

O Relato Integrado, que recentemente completou uma década de difusão no Brasil, tem sido cercado de incertezas.

Relato Integrado segue forte – e é a escolha ideal para quem adotar as Normas IFRS S1 e S2

Guto Lobato, gerente de educação do Grupo Report

 
 

Para quem está habituado ao vocabulário do mundo dos relatos corporativos, uma sigla que recentemente completou uma década de difusão no Brasil tem sido cercada de incertezas. Afinal, qual o futuro do <IR>?

<IR> é um substituto, no inglês, para Relato Integrado – movimento iniciado em 2010 e que, em 2013, começou a ganhar visibilidade por meio de um Framework lançado pelo então International Integrated Reporting Council (IIRC). Hoje sob gestão da IFRS Foundation, essa diretriz incentiva uma comunicação de resultados orientada pela conectividade da informação – demonstrando, em relatos que aliam aspectos financeiros e não financeiros, como um negócio cria, protege ou perde valor no curto, médio e longo prazos.

Na última década, vimos o Relato Integrado sair do Norte Global e se tornar um padrão importante de divulgação de resultados em solo brasileiro e outros países da América Latina. A adesão cresceu e, hoje, mais de 50% das companhias brasileiras mencionam o <IR> em seus documentos, conforme o estudo “Os Caminhos do Relato ESG” (2021), do Grupo Report. Além disso, estudo da International Federation of Accountants (IFAC) entre 2021 e 2022 apontou que o Brasil está entre os 4 países que mais publicam Relatos Integrados, atrás apenas de mercados exigentes, como África do Sul e Espanha.

Bons relatórios podem ser palatáveis para investidores – essa é a mensagem de fundo do Relato Integrado, cuja adoção passou a ser incentivada pelo mercado de capitais, citada na Lei das Estatais e praticamente obrigatória para grandes companhias listadas.

Mesmo assim, houve quem dissesse, de 2020 ou 2021 para cá, que o <IR> estava perdendo espaço. O motivo, no geral, são as diversas outras diretrizes e normas que ganharam força no País: SASB, TCFD e, agora, as Normas IFRS S1 e S2. Isso sem contar as Normas GRI, da Global Reporting Initiative, que seguem sendo o default do relato ESG com sua visão centrada em impactos dos negócios sobre a sociedade, as pessoas, a economia e os direitos humanos.

 

O que está acontecendo com o relato integrado

Para elucidar essa questão e colocar uma pá de cimento sobre as dúvidas, a IFRS Foundation organizou um webinar, sugestivamente intitulado “What is happening to the Integrated Reporting Framework?”. Destinado aos membros da IFRS Sustainability Alliance, grupo do qual a Report faz parte, o encontro foi liderado pelo grupo de Conectividade e Relato Integrado do International Sustainability Standards Board (ISSB) da IFRS – os responsáveis pelas Normas IFRS S1 e S2. Vários insights e indicações foram dados nas falas dos palestrantes, e os resumimos em quatro key points que detalhamos a seguir:

1) O <IR> é efetivamente um movimento global, mas a América Latina e a do Norte não são líderes.

Hoje, mais de 2.500 empresas em mais de 75 países adotam o Framework de Relato Integrado. Desde 2021, porém, o protagonismo é gritante para Ásia e Oceania, de onde saem 59% desses relatos. As Américas respondem por apenas 9% do total, a Europa representa 18% e Oriente Médio e África, 14%. Em termos setoriais, o Financeiro e o de Infraestrutura são os mais representativos, seguidos de Transformação de Recursos, Mineração e Extrativismo, Tecnologia, Comunicações, Alimentos e Bebidas. Segmentos como healthcare ainda são pouco expressivos.

2) O <IR> está vivo e presente na construção das Normas IFRS, especialmente a S1

A Norma S1 orienta a divulgação de informação financeira atrelada a riscos e oportunidades em sustentabilidade. Nos seus princípios fundamentais, estão conceitos já trabalhados no Framework <IR>, com destaque para as concepções de Conectividade e de Materialidade – esta, com viés financeiro, diferentemente do olhar de materialidade de impacto da GRI ou da dupla materialidade das Normas ESRS. Além disso, os Elementos de Conteúdo do Framework <IR> são basicamente defendidos e detalhados nos critérios de divulgação das Normas S1 e S2. Vamos a uma frase mencionada na apresentação do webinar:

“The Integrated Reporting Framework provides principles-based guidance for reporting structure and content, whereas IFRS S1 and IFRS S2 also require companies to provide industry-specific disclosures to help investors understand sustainability and climate-related information on risks and opportunities in greater detail.”

3) Já existe interoperabilidade entre <IR> e IFRS S1 e S2

A IFRS Foundation lançou ao final de 2023 uma ferramenta que explica como a aplicação do Framework <IR> deve ser combinada às Normas IFRS. Intitulada “How to apply the Integrated Reporting Framework with IFRS S1 and IFRS S2: A mapping tool”, ela está disponível no site da entidade e faz uma correlação dos disclosures das normas e dos elementos de conteúdo do Relato Integrado.

4) Normas SASB e IFRS são a escolha certeira para Relato Integrado – e vice-versa

IFRS S1 e S2, assim como as Normas SASB, são os padrões por excelência para adotar em um Relatório Integrado, por trazer indicadores associados a temas materiais sob a ótica financeira (atendendo, portanto, provedores de capital financeiro) e permitir uma apresentação de dados que demonstre o pensamento integrado e incentive um comportamento responsável por parte de investidores e instituições financeiras.

A importância da formação em <IR>: Curso certificado

A mensagem da IFRS Foundation é, portanto, a de que o Relato Integrado é a via essencial tanto para facilitar empresas mais experientes na adoção das Normas IFRS S1 e S2 – que serão mandatórias a partir de 2026 para companhias listadas, fundos de investimento e empresas do ramo securitizador, conforme a Resolução 193/2023 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – quanto para iniciantes que precisam de orientação em seus primeiros processos de relato.

No Grupo Report, fomos pioneiros ao ofertar no Brasil, de modo certificado pela IFRS Foundation, o Programa de Formação em Relato Integrado completo, em dois módulos – Introdutório e Praticante. Temos turmas realizadas do curso desde 2021 e, nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, teremos turmas do Curso Certificado IFRS de Relato Integrado – módulos Introdutório e Praticante.

O módulo Introdutório mergulha na matriz de competências <IR> explorando as noções de capitais, modelo de negócios, relato, pensamento e gestão integrados e os Guiding Principles. Já o Praticante se dedica à concepção <IR> de materialidade e aos Elementos de Conteúdo do Framework, além dos Princípios Para Pensamento Integrado (lançados pela IFRS em 2021) e, é claro, da operabilidade das diretrizes junto com as Normas IFRS S1 e S2.

Para se inscrever e conhecer o Plano de Ensino completo do curso, acesse nosso site. As aulas são online e ao vivo, com uso da Plataforma Educacional do Grupo Report, certificados emitidos diretamente pela IFRS Foundation, com instrutores com ampla experiência na coordenação editorial e consultoria ESG aplicadas a relatórios integrados.

CURSO CERTIFICADO IFRS DE RELATO INTEGRADO | MÓDULOS INTRODUTÓRIO E PRATICANTE

Temos módulos técnicos dedicados às Normas S1 e S2, com formações rápidas e práticas de 4 horas-aula. Esses módulos se somam ao nosso curso Relato nas Normas IFRS S1 e S2 com um olhar mais técnico sobre como realizar os disclosures em linha com as normas da entidade. Confira as próximas datas em cursos.gruporeport.com.br. 

Conheça também as nossas trilhas Normas e frameworks de relato e Relato nos padrões IFRS.

Informações e inscrições:  Clique aqui 

 
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