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A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) se destaca na adoção das normas IFRS 2, desenvolvidas pelo ISSB, com o apoio da Report. As normas IFRS, lançadas em 2023, visam transformar os relatórios de desempenho climático globalmente. A CBA seguiu também as diretrizes da TCFD em seu "Reporte da Agenda Climática 2023", consolidando práticas de transparência e gestão climática. A partir de 2026, a adoção das IFRS será obrigatória no Brasil para companhias listadas, segundo regulamentação da CVM.

Relato climático: do TCFD ao IFRS S2

Em meio a uma diversidade de normas, diretrizes e regulações emergentes, não é por acaso que as boas práticas de mensuração, gestão da informação e transparência também orientam e embasam os processos de relato sobre as mudanças climáticas. Algumas empresas estão mostrando o caminho a ser percorrido, como aquelas que respondem ao questionário do Carbon Disclosure Project (CDP) e conquistam a pontuação máxima (A). Os resultados atingidos pela chamada “A List” indicam que ações concretas tomadas para enfrentar as mudanças climáticas são compatíveis e colaboram com o sucesso nos negócios. A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) é um dos destaques do CDP e tem      como prática a divulgação de relatórios climáticos. Com o apoio da Report,      publicou seu “Reporte da Agenda Climática 2023”, com uma visão abrangente e transparente de sua gestão. O documento segue as orientações da Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD), estrutura internacional que reúne recomendações para a divulgação de informações financeiras relacionadas a riscos e oportunidades climáticas, com foco na transparência e resiliência financeira. Mas as iniciativas de relato da CBA não pararam por aí: também com o apoio da Report, a empresa conduziu, em paralelo, um diagnóstico de aderência às normas IFRS 2, desenvolvidas pelo International Sustainability Standards Board (ISSB). Lançadas em junho de 2023, as normas IFRS irão transformar o ecossistema de relatos de desempenho ao redor do mundo, como publicamos aqui no blog. Juliane Camolezi, da equipe de Jornada Climática, explica que a Report atuou diretamente na avaliação de materiais internos e públicos e na orientação dos gestores responsáveis na CBA pelas informações necessárias, além da condução da análise para a transição às exigências da IFRS S2. “Nosso trabalho garantiu a precisão e a qualidade dos dados reportados, resultando em um relatório robusto e alinhado às recomendações da TCFD. O projeto foi uma experiência enriquecedora, culminando em um relatório de alta qualidade que reflete o compromisso da CBA com a transparência e a responsabilidade ambiental. Estamos animados em iniciar um novo ciclo de relatório com a CBA, agora com um foco maior nas diretrizes do IFRS S2, reforçando nosso compromisso em ajudar nossos clientes a atenderem às exigências regulatórias e promoverem a resiliência climática”, avalia. Próximos passos no relato climático O Brasil, por meio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi um dos primeiros mercados a regular a adoção local das normas IFRS 1 e IFRS 2 pelas companhias listadas no país, em outubro de 2023. Para os anos-base de 2023 a 2025, a adesão é voluntária. Já para o período que se inicia em 1º de janeiro de 2026, elas devem obrigatoriamente fazer parte do conjunto de divulgação das informações financeiras das companhias abertas, fundos de investimentos e companhias securitizadoras. Ao mesmo tempo, pesquisa realizada pela Report com empresas que compunham a carteira do ISE de 2022 revelou que 74,6% delas já adotavam o TCFD contra 52,9% do ano anterior. A boa notícia é que a IFRS 2 consolida as diretrizes preconizadas pelo TCFD, usando como base os mesmos instrumentos já disponíveis de gestão climática e mensuração de emissões. Com isso, em 2023, o TCFD anunciou o encerramento de seus trabalhos e delegou o acompanhamento das diretrizes para a IFRS.    • Empresas que até o ano-base de 2023 já relatavam usando as orientações do TCFD: ○ Realizar o diagnóstico de aderência de conformidade com as normas IFRS; ○ Para os anos-base 2024 e 2025, dar início ao relato em conformidade com a IFRS S1 e S2 como fase de preparação e entendimento das diretrizes, que ainda não serão obrigatórias; ○ Para 2026, publicar efetivamente de acordo com as normas, seguindo as melhores práticas de mercado e atendendo à obrigatoriedade da CVM. • Empresas que até 2023 ainda não publicaram seu relato climático: ○ Iniciar sua jornada de relato diretamente pelas normas IFRS 2.

Comunicação ESG exige pensamento integrado; entenda

Cresce a importância dos relatos ESG e, em paralelo, a necessidade de que as organizações tenham clareza do impacto de suas atividades O universo corporativo tem demonstrado apetite para se transformar a partir das boas práticasde comunicação em sustentabilidade. Em parte, porque estão sendo pressionadas a falar mais (e melhor) sobre tais temas, mas também por uma cultura de transparência em ascensão. Pela ótica dos executivos, o pensamento integrado tem ganhado corpo e comprova o potencial da comunicação ESG para repaginar planos de negócio e torna-los contemporâneos. Conceituando o pensamento integrado O conceito de pensamento integrado é, segundo a Estrutura Internacional (IR), uma “consideração ativa” de uma empresa conforme as conexões “entre suas diversas unidades operacionais e funcionais”. Isso leva “à tomada de decisão integrada e ações que levam em conta a geração de valor em curto, médio e longo prazo”. Assim, o pensamento integrado pode ser encarado como um mecanismo que permite às organizações entenderem os capitais dos quais dependem, sejam eles financeiros, sociais, humanos etc. Possibilita, ainda, que as companhias tenham mais clareza do impacto de suas atividades, o que, consequentemente, leva a decisões mais assertivas e perenes. Relação entre pensamento integrado e relatórios empresariais Quem produz relatórios empresariais está em contato com uma série de novidades em termos de normas, metodologias e diretrizes. É o caso do Relato Integrado (IR), liderado globalmente pela IFRS Foundation, que gerou discussões sobre a integração como premissa – das decisões estratégicas às rotinas de interação entre empresas e sociedade. Ter um panorama do todo gera resiliência e oportunidades na comunicação sustentável. Quem tiver entendimento para navegar por este cenário, terá, certamente, muitos ganhos. De acordo com uma matéria publicada no final do ano passado na Sustainability Magazine, o avanço da terceirização do monitoramento e relatórios ESG de rotina é uma das grandes tendências para 2024. Isso porque as empresas têm entendido melhor a necessidade de ter uma equipe especializada, com conhecimento suficiente para não apenas coletar dados, mas entende-los e divulga-los adequadamente. Diante disso, nós, profissionais deste segmento, ganhamos a incumbência de converter processos de relato em consultorias de comunicação e pensamento integrados. Dessa forma, conseguimos construir parcerias transparentes, pautadas em boas relações que criam valor, seja ele monetário ou não.

Sustentabilidade: 4 dicas para uma comunicação estratégica

No contexto corporativo, sabe-se que é preciso produzir relatórios ESG, mas como trabalhar a comunicação para um relato eficiente e coeso? Neste post, reunimos algumas dicas básicas Sustentabilidade não é um assunto tão simples, se pensarmos nas diretrizes, normas, padrões e siglas que surgem e que, claro, podem confundir a cabeça de quem não é do ramo. Por outro lado, as corporações sabem que é preciso adotar um processo de comunicação transparente no que diz respeito a suas iniciativas na agenda sustentável. Então, muitas delas podem se perguntar: por onde começar? A seguir, trazemos quatro dicas para responder a esta questão! 1) Crie uma cultura de sustentabilidade Por mais óbvio que pareça, antes de querer relatar ações sustentáveis, é preciso incorporá-las no dia a dia da empresa. Não se trata de ceder a uma demanda da sociedade ou dos investidores, mas de criar uma cultura que, no fim das contas, vai solidificar a companhia ao torna-la mais transparente. Por este motivo, estabelecer uma cultura de sustentabilidade é fundamental para obter sucesso lá na frente – e isso pode começar com pequenos incentivos. É possível, por exemplo, utilizar os canais internos para promover campanhas (como de reciclagem no escritório), com pequenos prêmios como incentivo. Aos poucos, pode evoluir para treinamentos e outras iniciativas. 2) Faça um raio-X da organização Quando a companhia já estiver madura do primeiro passo, é hora de caminhar para o segundo: a elaboração do relatório . Tal ferramenta de comunicação tem se mostrado vital para alcançar diversos públicos. Há, no entanto, uma série de modelos, técnicas de elaboração e padrões que podem confundir mais que ajudar, mas, neste caso, vale a máxima: “comece pelo básico”. O relatório deve ser produzido a partir de um raio-X da companhia, como resposta a perguntas como: em que momento ela se encontra em relação à Sustentabilidade? O que deseja a curto, médio, e longo prazo? Quais são os desafios para atingir os objetivos pretendidos? 3) Evite usar jargões corporativos Muitos relatórios produzidos atualmente contêm diversas informações irrelevantes, como dados “jogados”, não explicados e que, por vezes, estão no documento apenas para aumentar seu tamanho. Assim, é fundamental se atentar aos tópicos principais do negócio, evitando expressões inadequadas, ou, em outras palavras, jargões. Também é importante escrever de maneira acessível a todo e qualquer público. 4) Aposte em cursos com experts em relatórios A comunicação ESG é, portanto, a ponte para a confiança com stakeholders e consumidores, sendo capaz de demonstrar o compromisso de uma empresa com questões ambientais e de responsabilidade social. Aprender com quem domina essa maneira de se comunicar é mais uma dica importante. Por este motivo, nós, do Grupo Report, disponibilizamos o curso Relato Integrado, orientado pelos princípios da agenda ESG. O conteúdo programático aprofunda os conceitos de relato integrado e pensamento integrado, além de discorrer sobre criação de valor. Trata-se, também, da chance de estabelecer networking com empresas e profissionais engajados nos temas ESG e de sustentabilidade.

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