Comunicação e Sustentabilidade

Os relatórios produzidos pela Report são concebidos para possibilitar o acesso, utilização e compreensão facilitada do conteúdo por pessoas com deficiência ou alguma limitação de uso da Internet.

Acessibilidade digital nos relatórios de sustentabilidade

Adotar diretrizes de acessibilidade digital é uma prática intimamente ligada a políticas e programas de inclusão e diversidade das empresas. Não só do ponto de vista de atração e retenção de talentos, mas também da promoção de uma cultura inclusiva, empática e participativa, com maior engajamento de stakeholders, incluindo consumidores. Isso não é diferente com a comunicação da sustentabilidade. A estimativa é de que 18,6 milhões de brasileiros maiores de 2 anos, cerca de 9% da população nessa faixa etária, sejam pessoas com algum tipo de deficiência física, mental, intelectual ou sensorial, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2022. Para além dos requisitos previstos na legislação brasileira, que assegura o direito de todos à informação e à comunicação, estar atento à acessibilidade deve fazer parte das preocupações do pilar social de qualquer estratégia de sustentabilidade.  Como meu relatório pode ser mais acessível? Os relatórios produzidos pela Report são concebidos para possibilitar o acesso, utilização e compreensão facilitada do conteúdo por pessoas com deficiência ou alguma limitação de uso da Internet. Ancorado nos princípios de design universal, por trás de qualquer website há um time de especialistas que zela por desenvolver um código de alta qualidade que, além de proporcionar páginas responsivas e de fácil carregamento, adapta-se sem erros às mudanças ativadas pelos usuários durante a navegação, por meio dos diversos plug-ins de acessibilidade ou tecnologia assistida. Entre as entregas de acessibilidade digital de qualquer relatório produzido pela Report estão: • Planejamento de design que facilite a leitura, com hierarquia clara para a identificação dos elementos e a relação entre eles, como títulos, listas, tabelas e outros;  • Uso de fontes maiores e preferencialmente sem serifa, páginas estruturadas que relacionam cada imagem ao respectivo texto, inserção de descrição do conteúdo das imagens, e textos facilmente interpretados por ferramentas de “leitura de tela” para pessoas com deficiência visual; • Plug-in com pacote de ferramentas de acessibilidade, incluindo aumento e espaçamento de texto, contraste e inversão de cores, leitor de tela, pausa de animações, saturação e a funcionalidade “dislexia amigável”; • Integração do VLibras, ferramenta do Governo Federal que traduz conteúdos digitais em língua portuguesa para a linguagem de sinais; • Geração de arquivos PDF acessíveis, com configuração adequada de títulos, tags e textos alternativos, e o tratamento de textos em imagens; • Acompanhamento das Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG 2.1), em nível internacional, e do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG), em nível nacional; • Uso de códigos nos padrões W3C (World Wide Web Consortium) para HTML e CSS. Procure nossa equipe técnica para mais informações sobre como planejar e adequar seus relatórios e promover uma comunicação de sustentabilidade mais inclusiva. Estamos preparados e flexíveis para desenvolver projetos customizados e incorporar ferramentas adicionais que facilitarão a interação com uma parcela maior do seu público leitor.

Comunicação ESG - Reputação das empresas passa pela construção de narrativas alinhadas aos parâmetros globais que direcionam o desenvolvimento sustentável

Comunicação ESG: conhecimento em sustentabilidade é chave para o sucesso

Reputação das empresas passa pela construção de narrativas alinhadas aos parâmetros globais que direcionam o desenvolvimento sustentável Por Flávia Ragazzo Sabemos que a comunicação é um dos alicerces da estratégia ESG das empresas, já que transparência, diálogo e engajamento são alguns de seus aspectos fundamentais. É a comunicação que torna possível informar, envolver e garantir o comprometimento de diferentes stakeholders aos pilares que orientam a atuação de uma organização. O alinhamento dos times internos aos temas ligados à sustentabilidade, por exemplo, é chave não só para uma cultura organizacional coesa, mas também para o crescimento do negócio. Também investidores, clientes, consumidores, fornecedores e, em última instância, toda a sociedade, devem ter acesso a uma comunicação clara, acessível e atualizada sobre o que uma empresa faz para estar alinhada aos princípios do desenvolvimento sustentável. Assim, um planejamento de comunicação é o primeiro passo para que a estratégia de sustentabilidade alcance e engaje diferentes públicos. Para que a visibilidade seja segura, no entanto, é preciso que comunicadores estejam alinhados às diretrizes, regulamentações e movimentações que orientam o desenvolvimento sustentável em todo o mundo. Princípios da comunicação ESG como exatidão, clareza, completude, contexto e verificabilidade devem ser a base de todo o planejamento para que não se incorra em riscos reputacionais como o greenwashing. Antes de começar a planejar, é preciso realizar uma investigação  profunda sobre a origem, a execução das iniciativas, as normas vigentes e o cenário setorial e geral. Na metodologia desenvolvida pela Report, analisamos de que maneira os temas materiais do negócio ou do setor se desdobram no planejamento estratégico da organização. Também conduzimos checklists táticos de impacto (concretude e confiabilidade das iniciativas), alinhamento (envolvimento de stakeholders e consistência com a atividade da empresa) e mensagem (identificando dubiedades e incoerências) para uma avaliação robusta do risco reputacional associado aos washings. O planejamento segue com a definição de um mapa de stakeholders a partir dos temas materiais e sua priorização para cada grupo, além de uma análise SWOT com visão de sustentabilidade para desenvolvimento dos caminhos táticos. Um banco de dados ESG é criado para uso dos times ao longo do tempo, assim como mensagens-chave e um posicionamento sólido que preparam a comunicação inclusive em relação a problemas e contradições do negócio. Trata-se de um processo que exige olhar abrangente e informado para comunicar aspectos ESG com segurança e livre de riscos reputacionais para todos os stakeholders.

Greenwashing - Prática de comunicação A imagem mostra a mesa de trabalho com um notebook aberto e ligado à frente e uma pessoa desfocada sentada ao fundo.

Greenwashing: conheça sete aspectos dessa prática equivocada de comunicação

Atuar de acordo com os preceitos do desenvolvimento sustentável está na agenda de diversas empresas, e muitas já estabeleceram uma jornada em sustentabilidade.  A comunicação da estratégia ESG, no entanto, pode incorrer em erros graves quando realizada sem uma atenção para a simetria entre imagem e realidade , resultando no Greenwashing — atividades que fazem o público acreditar que uma empresa está fazendo mais para proteger o meio ambiente do que realmente faz. O estudo “Beyond checking the box – How to create business value with embedded sustainability”, da IBM, mostra que 52% das empresas que adotam práticas sustentáveis têm mais chances de superar seus pares em lucratividade. Além disso, apresentam uma taxa de crescimento de receita 16% maior. Os dados explicam por que o uso do Greenwashing é cada vez mais comum. Como a temática de proteção e valorização ambientais é cada vez mais importante para a sociedade e entre investidores, a prática representa não apenas risco reputacional, mas também financeiro, e pode até ser enquadrada como crime. Leia também: Aprenda a identificar os “washings” na comunicação a partir de cases famosos. Para saber como o Greenwashing acontece — de maneiras mais ou menos perceptíveis — vale ficar de olho nestas sete formas como pode se manifestar. Acompanhe:  1- Greenrising: acontece quando a empresa altera suas metas quando estas estão ameaçadas ou quando os stakeholders percebem que são irrelevantes. 2- Greenhushing: ocorre quando as empresas escondem informações ambientais negativas ou quando silenciam sobre suas práticas para não despertar reações indesejadas no público. 3- Greenlabelling: se dá pelo uso de selos ambientais sem certificação ou quando os rótulos são pensados para parecerem sustentáveis. 4- Greenlighting: essa prática faz com que certos aspectos sustentáveis sejam mais destacados a fim de desviar a atenção de características prejudiciais.  5- Greenshifting: se dá quando a empresa tenta transferir sua responsabilidade ambiental para os consumidores, como se ações individuais pudessem ter o mesmo impacto que grandes movimentações corporativas.  6- Greencrowding: acontece quando uma empresa comunica sua aderência a  uma movimentação voltada à sustentabilidade realizada por outras companhiasmas não atua de fato para isso.  7- Carbon-washing e Climate-washing: se referem a ações de empresas que dizem atuar sobre a redução de emissões de carbono e na realização de ações climáticas, mas que na verdade nunca o fizeram. Além destes, há uma grande variedade de washings como bluewashing (Pacto Global da ONU), pinkwashing (Câncer de Mama), rainbowwashing (LGBTQIAP+), brownwashing (racial), entre outros. O curso “Comunicação ESG e os perigos do Greenwashing”, do Grupo Report, ajuda gestores de empresas a evitar os problemas acima. Em três encontros de duas horas de duração cada, é possível conhecer casos e mergulhar em exemplos relacionados ao greenwashing e aos diversos outros washings. Veja mais informações no site da Report.   

Sustentabilidade: 4 dicas para uma comunicação estratégica

No contexto corporativo, sabe-se que é preciso produzir relatórios ESG, mas como trabalhar a comunicação para um relato eficiente e coeso? Neste post, reunimos algumas dicas básicas Sustentabilidade não é um assunto tão simples, se pensarmos nas diretrizes, normas, padrões e siglas que surgem e que, claro, podem confundir a cabeça de quem não é do ramo. Por outro lado, as corporações sabem que é preciso adotar um processo de comunicação transparente no que diz respeito a suas iniciativas na agenda sustentável. Então, muitas delas podem se perguntar: por onde começar? A seguir, trazemos quatro dicas para responder a esta questão! 1) Crie uma cultura de sustentabilidade Por mais óbvio que pareça, antes de querer relatar ações sustentáveis, é preciso incorporá-las no dia a dia da empresa. Não se trata de ceder a uma demanda da sociedade ou dos investidores, mas de criar uma cultura que, no fim das contas, vai solidificar a companhia ao torna-la mais transparente. Por este motivo, estabelecer uma cultura de sustentabilidade é fundamental para obter sucesso lá na frente – e isso pode começar com pequenos incentivos. É possível, por exemplo, utilizar os canais internos para promover campanhas (como de reciclagem no escritório), com pequenos prêmios como incentivo. Aos poucos, pode evoluir para treinamentos e outras iniciativas. 2) Faça um raio-X da organização Quando a companhia já estiver madura do primeiro passo, é hora de caminhar para o segundo: a elaboração do relatório . Tal ferramenta de comunicação tem se mostrado vital para alcançar diversos públicos. Há, no entanto, uma série de modelos, técnicas de elaboração e padrões que podem confundir mais que ajudar, mas, neste caso, vale a máxima: “comece pelo básico”. O relatório deve ser produzido a partir de um raio-X da companhia, como resposta a perguntas como: em que momento ela se encontra em relação à Sustentabilidade? O que deseja a curto, médio, e longo prazo? Quais são os desafios para atingir os objetivos pretendidos? 3) Evite usar jargões corporativos Muitos relatórios produzidos atualmente contêm diversas informações irrelevantes, como dados “jogados”, não explicados e que, por vezes, estão no documento apenas para aumentar seu tamanho. Assim, é fundamental se atentar aos tópicos principais do negócio, evitando expressões inadequadas, ou, em outras palavras, jargões. Também é importante escrever de maneira acessível a todo e qualquer público. 4) Aposte em cursos com experts em relatórios A comunicação ESG é, portanto, a ponte para a confiança com stakeholders e consumidores, sendo capaz de demonstrar o compromisso de uma empresa com questões ambientais e de responsabilidade social. Aprender com quem domina essa maneira de se comunicar é mais uma dica importante. Por este motivo, nós, do Grupo Report, disponibilizamos o curso Relato Integrado, orientado pelos princípios da agenda ESG. O conteúdo programático aprofunda os conceitos de relato integrado e pensamento integrado, além de discorrer sobre criação de valor. Trata-se, também, da chance de estabelecer networking com empresas e profissionais engajados nos temas ESG e de sustentabilidade.

Programa de media training prepara porta-vozes para falar sobre Sustentabilidade

Uma boa comunicação é a chave para falar sobre ESG e a agenda sustentável de maneira que agregue valor a uma empresa. Nesse sentido, os porta-vozes têm um papel fundamental. Conheça o treinamento de media training da Report com foco para este público! Imagine a seguinte situação: um jornalista entra em contato com uma marca a fim de entrevistar seu porta-voz para falar sobre as estratégias ESG da empresa. A companhia em questão, porém, não tem um departamento específico (uma divisão de Sustentabilidade, por exemplo). Neste caso, deveria declinar a solicitação, perdendo a oportunidade de se colocar na mídia? Em nosso entendimento, não. Isso porque os assuntos relativos à agenda Ambiental, Social e de Governança não devem ficar restritos a um único departamento, ainda que ele exista. Todos os porta-vozes devem saber falar sobre ESG, sendo capazes de articular as ideias em torno do trabalho que desempenha na corporação. Quer um exemplo? Um(a) diretor(a) de RH pode falar sobre ações de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) e conectá-las ao eixo Social da sigla ESG, enquanto um representante do alto escalão pode discorrer sobre governança corporativa. É claro que tudo vai depender da pauta do jornalista que entrou em contato e, principalmente, da existência, de fato, das ações que a empresa quer comunicar, para não correr o risco de praticar greenwashing (de que falaremos mais adiante). E, para fortalecer o papel dos porta-vozes, uma comunicação eficiente é a chave, uma vez que que transparência, diálogo e engajamento são alguns de seus aspectos fundamentais. Como sempre, a tarefa começa dentro de casa: é importante que todos os colaboradores estejam alinhados a essas iniciativas. Os porta-vozes, em especial, devem estar em dia não só com a realidade da empresa e seu impacto na sociedade e no meio ambiente. Porém, é essencial que estejam, também, alinhados à agenda de Sustentabilidade como um todo. A narrativa das lideranças que falam em nome das corporações deve ter consistência, acima de tudo. Para auxiliá-las nesta tarefa, a Report desenvolveu um treinamento completo de media training. Afinal, o que é greenwashing? A iniciativa tem como objetivo atualizar as lideranças sobre as práticas de referência em Sustentabilidade e ESG e tendências para o futuro. O programa aborda, ainda, os princípios básicos de uma boa comunicação destes assuntos, além de apresentar uma visão geral da mídia que atua na área. Em outras palavras, trata-se de um treinamento de gestores para, enfim, atuarem como porta-vozes nas temáticas correspondentes. O conteúdo programático inclui uma visão geral sobre Sustentabilidade e ESG nas organizações, com um balanço do cenário no último ano e as perspectivas para 2024-2030. Do ponto de vista global, o treinamento aborda as movimentações, investimentos e estratégias das empresas, trazendo, também, destaques sobre novos acordos, regulamentações e questões climáticas. Já sobre o Brasil, o programa indica companhias que são referência nos assuntos tratados, além de mostrar quais são os principais veículos jornalísticos (e seus profissionais de destaque) que falam sobre Sustentabilidade. O treinamento inclui uma palestra sobre como ser um(a) bom/boa porta-voz – inclusive como se sair bem no vídeo, com dicas de linguagem e expressão –, simulação de entrevistas e debates. Um dos pontos altos da dinâmica, no entanto, é a abordagem sobre greenwashing. Entenda a seguir. Conteúdo do programa de media training Saber identificar greenwashing e outros movimentos do tipo é central no papel dos porta-vozes em Sustentabilidade e ESG atualmente. Como já explicamos neste post, a palavra em inglês vem de whitewashing, termo utilizado para falar sobre a estratégia de quem decide passar uma tinta branca em uma casa antiga para iludir potenciais compradores. Por analogia, o greenwashing caracteriza organizações que tentam ludibriar o mercado fazendo alegações sem consistência, do ponto de vista ambiental. Atualmente, além do green, há outros washings, em diferentes perspectivas. Por exemplo, o blue (quando ligado ao Pacto Global da ONU); o pink (para comunicar ações de conscientização e combate ao câncer de mama); health (para falar de iniciativas em saúde) etc.  Durante o treinamento de media training da Report, nosso fundador, Estevam Pereira, fala sobre os perigos do greenwashing, traz exemplos de movimentos semelhantes e propõe que os participantes analisem casos para identificar se determinada empresa é confiável e passa mensagens honestas.  Para saber todos os detalhes sobre o programa de media training da Report, entre em contato conosco!

Sustentabilidade: 4 dicas para uma comunicação estratégica

No contexto corporativo, sabe-se que é preciso produzir relatórios ESG, mas como trabalhar a comunicação para um relato eficiente e coeso? Neste post, reunimos algumas dicas básicas Sustentabilidade não é um assunto tão simples, se pensarmos nas diretrizes, normas, padrões e siglas que surgem e que, claro, podem confundir a cabeça de quem não é do ramo. Por outro lado, as corporações sabem que é preciso adotar um processo de comunicação transparente no que diz respeito a suas iniciativas na agenda sustentável. Então, muitas delas podem se perguntar: por onde começar? A seguir, trazemos quatro dicas para responder a esta questão! 1) Crie uma cultura de sustentabilidade Sustentabilidade não é um assunto tão simples, se pensarmos nas diretrizes, normas, padrões e siglas que surgem e que, claro, podem confundir a cabeça de quem não é do ramo. Por outro lado, as corporações sabem que é preciso adotar um processo de comunicação transparente no que diz respeito a suas iniciativas na agenda sustentável. Então, muitas delas podem se perguntar: por onde começar? A seguir, trazemos quatro dicas para responder a esta questão! 2) Faça um raio-X da organização Quando a companhia já estiver madura do primeiro passo, é hora de caminhar para o segundo: a elaboração do relatório . Tal ferramenta de comunicação tem se mostrado vital para alcançar diversos públicos. Há, no entanto, uma série de modelos, técnicas de elaboração e padrões que podem confundir mais que ajudar, mas, neste caso, vale a máxima: “comece pelo básico”. O relatório deve ser produzido a partir de um raio-X da companhia, como resposta a perguntas como: em que momento ela se encontra em relação à Sustentabilidade? O que deseja a curto, médio, e longo prazo? Quais são os desafios para atingir os objetivos pretendidos? 3) Evite usar jargões corporativos Muitos relatórios produzidos atualmente contêm diversas informações irrelevantes, como dados “jogados”, não explicados e que, por vezes, estão no documento apenas para aumentar seu tamanho. Assim, é fundamental se atentar aos tópicos principais do negócio, evitando expressões inadequadas, ou, em outras palavras, jargões. Também é importante escrever de maneira acessível a todo e qualquer público. 4) Aposte em cursos com experts em relatórios A comunicação ESG é, portanto, a ponte para a confiança com stakeholders e consumidores, sendo capaz de demonstrar o compromisso de uma empresa com questões ambientais e de responsabilidade social. Aprender com quem domina essa maneira de se comunicar é mais uma dica importante. Por este motivo, nós, do Grupo Report, disponibilizamos o curso Relato Integrado, orientado pelos princípios da agenda ESG. O conteúdo programático aprofunda os conceitos de relato integrado e pensamento integrado, além de discorrer sobre criação de valor. Trata-se, também, da chance de estabelecer networking com empresas e profissionais engajados nos temas ESG e de sustentabilidade.

Aprenda a identificar os “washings” na comunicação a partir de cases famosos

Querer divulgar que é sustentável está nas metas de muitas empresas, em diferentes setores. Mas, sem um conhecimento adequado e esbarrando em questões éticas, fica difícil não cometer green ou outro washing. Entenda os conceitos e aprenda a identifica-los em cases famosos do que não fazer na comunicação ESG. Quando o CEO da Black Rock – maior gestora de recursos do mundo –, Larry Fink, passou a abordar temas da agenda sustentável nos comunicados anuais que enviava ao alto escalão das companhias investidas pela dele, uma enorme onda ESG se formou. Coincidentemente ou não, conforme os escritos do executivo se tornavam mais incisivos, os temas de Environmental, Social and Governance ganhavam tração. Ele dizia, por exemplo, que promover retornos sustentáveis requeria foco em fatores sociais e ambientais, para além da governança. Dizia, ainda, que as economias seriam profundamente afetadas pela transição para um cenário de neutralidade de emissões de carbono. Muitas empresas, no início da tal onda, ainda não estavam preparadas para lidar com a complexidade dos assuntos desta temática e, de fato, comunicar suas ações. Ou seja: não estavam maduras o suficiente para falar a respeito, não faziam a lição de casa e, dessa forma, acabavam expostas ao popular greenwashing. A palavra em inglês vem de whitewashing, termo utilizado para falar sobre a estratégia de quem decide passar uma tinta branca em uma casa antiga para iludir compradores em potencial. Em analogia, o greenwashing caracteriza organizações que tentam ludibriar o mercado fazendo alegações inconsistentes (ou até mesmo mentirosas) do ponto de vista ambiental. Afinal: quais são os outros washings, além do green? Atualmente, há uma miríade de washings em diferentes perspectivas. Por exemplo, o blue (quando ligado ao Pacto Global da ONU); o pink (para comunicar ações de conscientização e combate ao câncer de mama); health (para falar de iniciativas em saúde) etc. Destacamos, ainda, o ESGwashing, usado para denunciar gestoras de fundos de investimento que rotulam seus produtos com a popular sigla, sem qualquer preocupação com a transparência. Outro tipo conhecido nesse sentido de maquiar dados foi o sportswashing durante a Copa do Mundo do Catar. Na ocasião do torneio mundial, a organização prometia que a competição seria neutra em carbono. A estratégia idealizada era que todas as emissões de gases de efeito estufa fossem compensadas com uma série de medidas. Entretanto, segundo o órgão que regula publicidades na Suíça, o evento enganou os consumidores, uma vez que as promessas não se cumpriram. Cuidado com washings nos discursos A “maquiagem verde” (também chamada de “lavagem verde”) que caracteriza o greenwashing costuma ser feita por meio de um discurso sobre sustentabilidade contendo informações genéricas, inverídicas ou, no mínimo, irrelevantes. Uma estratégia de narrativa comumente utilizada por empresas que maquiam seus dados é destacar apenas impactos positivos do negócio, omitindo, portanto, questões fundamentais. Isso acontece, por exemplo, com a Coca-cola quando comemora ter adotado garrafas feitas com PET de origem vegetal, mas não resolve o problema no restante da produção, que ainda usa PET de origem fóssil. Outra estratégia de discurso é usar jargões técnicos, incompreensíveis ou, de novo, irrelevantes. Greenwashing na estética das empresas Do ponto de vista estético, empresas que “lavam” seus dados costumam se utilizar de imagens que remetem à sustentabilidade ambiental, com ícones de plantas, por exemplo, para indicar que sejam “verdes”. O apelo vale até mesmo para identidade visual. Há, ainda, aquelas que omitem imagens do negócio em operação, a exemplo de um anúncio clássico de revista da marca Shell, que ilustrava flores saindo de chaminés. Cabe destacar, ainda, a associação vazia de sentido a determinadas causas, como quando uma campanha da KFC dizia que iria destinar parte do valor de um balde de batata frita da marca a uma instituição de combate ao câncer (quando se sabe que alimentos gordurosos aumentam o risco para a doença). Existem companhias que se utilizam de outra estratégia comum no greenwashing: terceirizar a responsabilidade (incentivando consumidores a reduzirem a própria pegada de carbono, sem se comprometer com os dados da própria organização). E, quando pensamos no portfólio de marcas que praticam greenwashing, exemplos não faltam. A criação de ecolojas é um deles, como quando a Zara, uma marca constantemente envolvida em denúncias sobre más condições de trabalho de fornecedores, abriu a maior loja da marca em Madri, com atributos sustentáveis. Então, qual é o papel dos comunicadores quando clientes querem comunicar que fazem ESG? Cada vez mais, empresas de diversos segmentos têm procurado consultorias em sustentabilidade para dizer o quanto (pensa que) é sustentável, quando, na verdade, ainda não tem conhecimento do tema. Em situações assim, como nós, enquanto atuantes em Comunicação Corporativa, deveríamos agir? De acordo com uma estratégia da agência de comunicação Futerra, devemos dividir perguntas em três eixos para o potencial cliente: impacto, alinhamento e comunicação. A estratégia integra uma publicação intitulada, na tradução em português, Compreendendo e Prevenindo o Greenwash: um Guia de Negócios. No eixo de impacto, devemos procurar saber se a companhia em questão investiu recursos na iniciativa que quer comunicar; quais resultados já obteve; qual é a relevância, para o negócio, do que pretende tornar público etc. Já no eixo de alinhamento, é necessário questionar sobre a confiabilidade das informações; se houve correspondência com outras áreas dentro da empresa para dar visibilidade às questões que se quer comunicar e se há consistência na mensagem. Por fim, na comunicação, é imprescindível procurar saber se o cliente tem dados para corroborar as afirmações; se consegue dar amostras para que seja possível compreender o quadro geral; se a mensagem é verdadeiramente honesta etc. Este é um mote importante para destrinchar a comunicação ESG de uma companhia sem incorrer nos perversos washings.

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