ESG

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) se destaca na adoção das normas IFRS 2, desenvolvidas pelo ISSB, com o apoio da Report. As normas IFRS, lançadas em 2023, visam transformar os relatórios de desempenho climático globalmente. A CBA seguiu também as diretrizes da TCFD em seu "Reporte da Agenda Climática 2023", consolidando práticas de transparência e gestão climática. A partir de 2026, a adoção das IFRS será obrigatória no Brasil para companhias listadas, segundo regulamentação da CVM.

Relato climático: do TCFD ao IFRS S2

Em meio a uma diversidade de normas, diretrizes e regulações emergentes, não é por acaso que as boas práticas de mensuração, gestão da informação e transparência também orientam e embasam os processos de relato sobre as mudanças climáticas. Algumas empresas estão mostrando o caminho a ser percorrido, como aquelas que respondem ao questionário do Carbon Disclosure Project (CDP) e conquistam a pontuação máxima (A). Os resultados atingidos pela chamada “A List” indicam que ações concretas tomadas para enfrentar as mudanças climáticas são compatíveis e colaboram com o sucesso nos negócios. A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) é um dos destaques do CDP e tem      como prática a divulgação de relatórios climáticos. Com o apoio da Report,      publicou seu “Reporte da Agenda Climática 2023”, com uma visão abrangente e transparente de sua gestão. O documento segue as orientações da Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD), estrutura internacional que reúne recomendações para a divulgação de informações financeiras relacionadas a riscos e oportunidades climáticas, com foco na transparência e resiliência financeira. Mas as iniciativas de relato da CBA não pararam por aí: também com o apoio da Report, a empresa conduziu, em paralelo, um diagnóstico de aderência às normas IFRS 2, desenvolvidas pelo International Sustainability Standards Board (ISSB). Lançadas em junho de 2023, as normas IFRS irão transformar o ecossistema de relatos de desempenho ao redor do mundo, como publicamos aqui no blog. Juliane Camolezi, da equipe de Jornada Climática, explica que a Report atuou diretamente na avaliação de materiais internos e públicos e na orientação dos gestores responsáveis na CBA pelas informações necessárias, além da condução da análise para a transição às exigências da IFRS S2. “Nosso trabalho garantiu a precisão e a qualidade dos dados reportados, resultando em um relatório robusto e alinhado às recomendações da TCFD. O projeto foi uma experiência enriquecedora, culminando em um relatório de alta qualidade que reflete o compromisso da CBA com a transparência e a responsabilidade ambiental. Estamos animados em iniciar um novo ciclo de relatório com a CBA, agora com um foco maior nas diretrizes do IFRS S2, reforçando nosso compromisso em ajudar nossos clientes a atenderem às exigências regulatórias e promoverem a resiliência climática”, avalia. Próximos passos no relato climático O Brasil, por meio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi um dos primeiros mercados a regular a adoção local das normas IFRS 1 e IFRS 2 pelas companhias listadas no país, em outubro de 2023. Para os anos-base de 2023 a 2025, a adesão é voluntária. Já para o período que se inicia em 1º de janeiro de 2026, elas devem obrigatoriamente fazer parte do conjunto de divulgação das informações financeiras das companhias abertas, fundos de investimentos e companhias securitizadoras. Ao mesmo tempo, pesquisa realizada pela Report com empresas que compunham a carteira do ISE de 2022 revelou que 74,6% delas já adotavam o TCFD contra 52,9% do ano anterior. A boa notícia é que a IFRS 2 consolida as diretrizes preconizadas pelo TCFD, usando como base os mesmos instrumentos já disponíveis de gestão climática e mensuração de emissões. Com isso, em 2023, o TCFD anunciou o encerramento de seus trabalhos e delegou o acompanhamento das diretrizes para a IFRS.    • Empresas que até o ano-base de 2023 já relatavam usando as orientações do TCFD: ○ Realizar o diagnóstico de aderência de conformidade com as normas IFRS; ○ Para os anos-base 2024 e 2025, dar início ao relato em conformidade com a IFRS S1 e S2 como fase de preparação e entendimento das diretrizes, que ainda não serão obrigatórias; ○ Para 2026, publicar efetivamente de acordo com as normas, seguindo as melhores práticas de mercado e atendendo à obrigatoriedade da CVM. • Empresas que até 2023 ainda não publicaram seu relato climático: ○ Iniciar sua jornada de relato diretamente pelas normas IFRS 2.

CBAM: Regulamentação europeia define novas exigências para emissões de carbono em importações e impacta a cadeia de fornecimento global

CBAM: a precificação do carbono nas importações da União Europeia

Regulamentação europeia define novas exigências para emissões de carbono em importações e impacta a cadeia de fornecimento global. Além dos preparativos para o relato de ESG de acordo com as normas ESRS, as empresas também precisam ficar atentas a outras mudanças em andamento na União Europeia, reunidas no Carbon Border Adjustment Mechanism (CBAM). A regulamentação traz novos desafios para a jornada climática de empresas europeias que importam de outras regiões e, por consequência, para seus fornecedores, que precisarão informar com regularidade a pegada de carbono de seus produtos. Previsto no regulamento UE 2023/956, o “mecanismo de ajuste de carbono na fronteira” define um preço a ser cobrado pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE) de determinados produtos intensivos em energia e que são importados de países com regulamentações consideradas menos rígidas pela Comissão Europeia. Com isso, o bloco econômico espera evitar a “fuga” ou “vazamento” de carbono, ou seja, que empresas transfiram suas atividades produtivas para países sem regulamentação ou com padrões inconsistentes com os da União Europeia — que possui sistema interno de precificação de carbono —, ou ainda que produtos europeus sejam substituídos por importados com maior intensidade de carbono. De forma mais ampla, o mecanismo pretende também incentivar uma produção industrial mais limpa em países não-membros. A ferramenta foi elaborada em compatibilidade com as regras da Organização Mundial do Comércio (OTC).  O novo regime entrará definitivamente em vigor a partir de 1° de janeiro de 2026. A partir dessa data, os importadores na União Europeia sujeitos ao CBAM deverão estar devidamente registrados nos órgãos competentes, declarar as emissões dos produtos adquiridos e comprar os certificados de carbono equivalentes. O preço será calculado com base na média semanal do leilão dos créditos de carbono europeus (EU ETS Allowances), expressos em € por tonelada emitida de CO2. Caso o importador possa demonstrar que o preço sobre o carbono já foi pago durante o processo produtivo, o valor correspondente poderá ser deduzido. Vale lembrar que o Brasil ainda não possui mercado regulado de carbono e opera os créditos em bases voluntárias no Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. O projeto para um Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa está em discussão no Poder Legislativo. Fase de transição Em 1° de outubro de 2023, a aplicação do CBAM entrou em fase transitória que segue até o final de 2025 para garantir a implementação gradual, cuidadosa e proporcional para todas as empresas, sejam elas europeias ou não, assim como para os órgãos públicos envolvidos. Trata-se de um piloto para o aprendizado de todos os stakeholders e a captura de informações para refinar a metodologia. Os setores selecionados para essa fase inicial, devido à alta intensidade de suas emissões, são: Cimento Ferro e aço Alumínio Fertilizantes Eletricidade Hidrogênio  Durante esse período, as empresas importadoras terão que relatar trimestralmente as emissões de carbono incorporadas aos bens que adquiriram (emissões diretas e indiretas), mas sem a necessidade de comprar ou utilizar certificados. Até o final de 2024, há três opções para elaborar o relato: já de acordo com a nova metodologia da União Europeia (EU 2023/1773), utilizando regimes equivalentes de precificação de carbono ou ainda métodos para cálculo de  estimativas (apenas até julho de 2024).  A partir de janeiro de 2025, apenas a metodologia europeia poderá ser utilizada, sem a flexibilidade de utilizar métodos alternativos que não ofereçam precisão ou cobertura equivalente às regras do CBAM. No entanto, há exceções que permitem estimativas caso o montante não ultrapasse 20% do total das emissões apuradas. O relatório deverá ser enviado ao Registro Transitório do CBAM, cujo link só está disponível para os importadores que se registraram na autoridade competente do país-membro onde está estabelecido. A verificação por terceiros não é obrigatória, mas é recomendada para garantir precisão e deve ser informada no relatório. No fim da fase transitória, a verificação será necessária para conformidade. Como podemos ajudar? A Report possui uma equipe de especialistas em jornada climática que auxilia as empresas a se adaptarem às novas exigências de uma economia de baixo carbono. Se sua empresa tem relações comerciais com a  União Europeia, podemos apoiá-lo na preparação e implementação da metodologia de monitoramento, garantindo que os relatos atendam aos requisitos do CBAM e utilizem corretamente os dados de emissões para os relatórios trimestrais exigidos. Entre em contato conosco.  

Os relatórios produzidos pela Report são concebidos para possibilitar o acesso, utilização e compreensão facilitada do conteúdo por pessoas com deficiência ou alguma limitação de uso da Internet.

Acessibilidade digital nos relatórios de sustentabilidade

Adotar diretrizes de acessibilidade digital é uma prática intimamente ligada a políticas e programas de inclusão e diversidade das empresas. Não só do ponto de vista de atração e retenção de talentos, mas também da promoção de uma cultura inclusiva, empática e participativa, com maior engajamento de stakeholders, incluindo consumidores. Isso não é diferente com a comunicação da sustentabilidade. A estimativa é de que 18,6 milhões de brasileiros maiores de 2 anos, cerca de 9% da população nessa faixa etária, sejam pessoas com algum tipo de deficiência física, mental, intelectual ou sensorial, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2022. Para além dos requisitos previstos na legislação brasileira, que assegura o direito de todos à informação e à comunicação, estar atento à acessibilidade deve fazer parte das preocupações do pilar social de qualquer estratégia de sustentabilidade.  Como meu relatório pode ser mais acessível? Os relatórios produzidos pela Report são concebidos para possibilitar o acesso, utilização e compreensão facilitada do conteúdo por pessoas com deficiência ou alguma limitação de uso da Internet. Ancorado nos princípios de design universal, por trás de qualquer website há um time de especialistas que zela por desenvolver um código de alta qualidade que, além de proporcionar páginas responsivas e de fácil carregamento, adapta-se sem erros às mudanças ativadas pelos usuários durante a navegação, por meio dos diversos plug-ins de acessibilidade ou tecnologia assistida. Entre as entregas de acessibilidade digital de qualquer relatório produzido pela Report estão: • Planejamento de design que facilite a leitura, com hierarquia clara para a identificação dos elementos e a relação entre eles, como títulos, listas, tabelas e outros;  • Uso de fontes maiores e preferencialmente sem serifa, páginas estruturadas que relacionam cada imagem ao respectivo texto, inserção de descrição do conteúdo das imagens, e textos facilmente interpretados por ferramentas de “leitura de tela” para pessoas com deficiência visual; • Plug-in com pacote de ferramentas de acessibilidade, incluindo aumento e espaçamento de texto, contraste e inversão de cores, leitor de tela, pausa de animações, saturação e a funcionalidade “dislexia amigável”; • Integração do VLibras, ferramenta do Governo Federal que traduz conteúdos digitais em língua portuguesa para a linguagem de sinais; • Geração de arquivos PDF acessíveis, com configuração adequada de títulos, tags e textos alternativos, e o tratamento de textos em imagens; • Acompanhamento das Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG 2.1), em nível internacional, e do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG), em nível nacional; • Uso de códigos nos padrões W3C (World Wide Web Consortium) para HTML e CSS. Procure nossa equipe técnica para mais informações sobre como planejar e adequar seus relatórios e promover uma comunicação de sustentabilidade mais inclusiva. Estamos preparados e flexíveis para desenvolver projetos customizados e incorporar ferramentas adicionais que facilitarão a interação com uma parcela maior do seu público leitor.

Comunicação ESG - Reputação das empresas passa pela construção de narrativas alinhadas aos parâmetros globais que direcionam o desenvolvimento sustentável

Comunicação ESG: conhecimento em sustentabilidade é chave para o sucesso

Reputação das empresas passa pela construção de narrativas alinhadas aos parâmetros globais que direcionam o desenvolvimento sustentável Por Flávia Ragazzo Sabemos que a comunicação é um dos alicerces da estratégia ESG das empresas, já que transparência, diálogo e engajamento são alguns de seus aspectos fundamentais. É a comunicação que torna possível informar, envolver e garantir o comprometimento de diferentes stakeholders aos pilares que orientam a atuação de uma organização. O alinhamento dos times internos aos temas ligados à sustentabilidade, por exemplo, é chave não só para uma cultura organizacional coesa, mas também para o crescimento do negócio. Também investidores, clientes, consumidores, fornecedores e, em última instância, toda a sociedade, devem ter acesso a uma comunicação clara, acessível e atualizada sobre o que uma empresa faz para estar alinhada aos princípios do desenvolvimento sustentável. Assim, um planejamento de comunicação é o primeiro passo para que a estratégia de sustentabilidade alcance e engaje diferentes públicos. Para que a visibilidade seja segura, no entanto, é preciso que comunicadores estejam alinhados às diretrizes, regulamentações e movimentações que orientam o desenvolvimento sustentável em todo o mundo. Princípios da comunicação ESG como exatidão, clareza, completude, contexto e verificabilidade devem ser a base de todo o planejamento para que não se incorra em riscos reputacionais como o greenwashing. Antes de começar a planejar, é preciso realizar uma investigação  profunda sobre a origem, a execução das iniciativas, as normas vigentes e o cenário setorial e geral. Na metodologia desenvolvida pela Report, analisamos de que maneira os temas materiais do negócio ou do setor se desdobram no planejamento estratégico da organização. Também conduzimos checklists táticos de impacto (concretude e confiabilidade das iniciativas), alinhamento (envolvimento de stakeholders e consistência com a atividade da empresa) e mensagem (identificando dubiedades e incoerências) para uma avaliação robusta do risco reputacional associado aos washings. O planejamento segue com a definição de um mapa de stakeholders a partir dos temas materiais e sua priorização para cada grupo, além de uma análise SWOT com visão de sustentabilidade para desenvolvimento dos caminhos táticos. Um banco de dados ESG é criado para uso dos times ao longo do tempo, assim como mensagens-chave e um posicionamento sólido que preparam a comunicação inclusive em relação a problemas e contradições do negócio. Trata-se de um processo que exige olhar abrangente e informado para comunicar aspectos ESG com segurança e livre de riscos reputacionais para todos os stakeholders.

ESRS: como funcionarão as novas normas de relato de sustentabilidade da União Europeia

ESRS: como funcionarão as novas normas de relato de sustentabilidade da União Europeia

Apresentado pela primeira vez no final de 2019, o “Green Deal” é um ambicioso plano da União Europeia para tornar a economia do bloco sustentável. A visão é que a Europa zere suas emissões de gases de efeito estufa e seja o primeiro continente “climate-neutral” do mundo até 2050. Para chegar lá, uma série de políticas vem sendo delineada, e a mobilização de recursos financeiros públicos e privados é fundamental. Por isso, em janeiro de 2023, entrou em vigor a Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD), que estabelece novas regras para a divulgação de informações de sustentabilidade pelas companhias. O documento faz emendas às demais diretivas que já existiam na região sobre práticas de contabilidade, auditoria e transparência. A CSRD faz parte dos esforços para garantir que os stakeholders tenham acesso a informações relevantes sobre os impactos das empresas na sociedade e no meio ambiente e, ao mesmo tempo, que os investidores conheçam os riscos financeiros e as oportunidades relacionadas às mudanças climáticas e a outros temas materiais em sustentabilidade. De acordo com a lei, todas as grandes empresas e todas aquelas com títulos negociados no mercado europeu (exceto as microempresas) deverão preparar seu relato anual de sustentabilidade. Empresas não europeias também deverão relatar caso gerem negócios de mais de 150 milhões de euros no mercado europeu. Como se adequar à nova legislação Em primeiro lugar, é fundamental aprofundar-se sobre as regras e determinar se sua empresa se enquadra nos requisitos da diretiva e qual o nível de aplicação necessário. Procure as áreas jurídica e/ou de compliance para guiá-lo quanto ao procedimento correto. As normas ESRS (European Sustainability Reporting Standards) constituem a ferramenta fundamental e obrigatória para o relato de sustentabilidade. Desenvolvidas pelo EFRAG (European Financial Reporting Advisory Group), órgão consultivo do bloco europeu, elas possuem interoperabilidade com as normas IFRS S1 e S2, além do GRI. O prazo de adequação varia de acordo com o porte e a complexidade da organização. Por exemplo, as grandes empresas e holdings com títulos negociados na União Europeia e que possuem mais de 500 funcionários já deverão publicar seu primeiro relato em 2025, para o ano-fiscal iniciado a partir de 1° de janeiro de 2024. Já no caso das subsidiárias ou escritórios de empresas não europeias que se encaixam nos critérios da CSRD, esse prazo passa a ser 2029 (para o ano-fiscal de 2028). De modo geral, o relato sob as normas ESRS deve fazer parte do relatório da administração. O prazo pode variar de 4 a 12 meses do término do ano fiscal, dependendo de se a empresa tem ou não títulos negociados na União Europeia. Há exceções para essa exigência, como empresas controladoras ou holdings não europeias que não se enquadram na diretiva da CSRD, mas cujas subsidiárias ou filiais têm negócios relevantes no bloco europeu. Essas empresas podem optar por publicar voluntariamente a versão completa do ESRS com dados consolidados de suas subsidiárias e, nesse caso, a publicação pode ser feita separadamente do relatório da administração. Assim, as subsidiárias em solo europeu eventualmente impactadas pela CSRD ficam, então, isentas de apresentarem seu relato individual. Em todos os casos, porém, a auditoria é obrigatória. Estrutura das normas ESRS As normas estão divididas em três categorias: padrões transversais, temáticos e setoriais. •Transversais: o ESRS-1 contém as orientações gerais para a preparação e a apresentação das informações de sustentabilidade. O processo tem início com um estudo de dupla materialidade. Já o ESRS-2 reúne os requisitos de divulgação obrigatória em áreas como governança, estratégia, impactos, gestão de riscos e oportunidades, além de acompanhamento de métricas e metas. •Temáticos: são aqueles relacionados aos tópicos materiais nas esferas ambiental, social e de governança, dentre os 10 grandes temas potenciais apresentados na norma. Esses, por sua vez, são divididos em subtópicos, para aprofundar a coleta e a divulgação dos dados. • Setoriais: os suplementos setoriais ainda estão em desenvolvimento. Fase de transição Outra característica importante do ESRS é a introdução de informações sobre a cadeia de valor. Dada a complexidade de coletar e consolidar esses dados, a EFRAG estabeleceu regras para um período de transição de três anos para as empresas se adaptarem a esse requisito obrigatório da norma. No entanto, as empresas cujo prazo de enquadramento geral à diretiva não é imediato (a partir do ano fiscal de 2024) já podem adotar medidas transitórias em seus próximos ciclos anuais de relato de sustentabilidade. Confira as recomendações da Report: •Ano 0: por onde começar? Conduza uma análise de dupla materialidade em linha com as diretrizes ESRS. Este é o ponto de partida para o processo de relato e a identificação dos temas materiais. •Ano 1: utilize o que você já tem. Fique atento aos Requisitos Mínimos de Relato (ou MDR, Minimum Disclosure Requirements) e use a interoperabilidade do ESRS com as normas GRI, IFRS 1 e IFRS 2, e SASB, aproveitando as coletas que sua empresa potencialmente já faz desses indicadores. •Ano 2: como avançar. No segundo ciclo, parta para a coleta dos dados adicionais que não são cobertos pela interoperabilidade com outras normas. •Ano 3: para atender totalmente à ESRS. Elabore um plano estratégico de governança e gestão para atender, até no máximo o quarto ano de vigência da CSRD, as divulgações exigidas pela União Europeia, especialmente aquelas relacionadas à cadeia de valor.

Soluções digitais estão transformando a maneira como as empresas atuam rumo ao desenvolvimento sustentável

Quem tem medo da Skynet na sustentabilidade?

Soluções digitais estão transformando a maneira como as empresas atuam rumo ao desenvolvimento sustentável Por Estevam Pereira, sócio-fundador da Report Enquanto não nos defrontamos com a Skynet, a inteligência artificial que se torna hostil aos humanos na franquia de filmes “O Exterminador do Futuro”, testemunhamos como o uso de soluções digitais está transformando a maneira como as empresas coletam, analisam e relatam informações de sustentabilidade e ESG . O mercado de softwares especializados tem acompanhado o boom ESG que tomou conta do mundo nos últimos anos. Natural, pois tais soluções digitais facilitam a conformidade regulatória, melhoram a transparência dos dados e otimizam a gestão da sustentabilidade, proporcionando benefícios significativos para as empresas e os investidores. Dados integrados, centralizados e etiquetados Uma das principais vantagens das soluções digitais é a capacidade de integrar e centralizar grandes volumes de dados estruturados e não estruturados. Isso permite que as empresas agreguem e etiquetem informações de diversas fontes, como relatórios corporativos, feeds de dados de terceiros e fontes públicas. A utilização de algoritmos avançados e inteligência artificial para estimar dados ausentes também contribui para a qualidade e confiabilidade das informações ESG. No caso dos provedores de capital, as ferramentas de software ESG têm o potencial de evoluir para apoiar todo o ciclo de vida do investimento, desde a triagem de due diligence pré-investimento até a melhoria contínua do desempenho das empresas em portfólio. Os investidores podem se valer dessas soluções para engajar ativamente as empresas em seu portfólio, visando melhorar o desempenho ESG e criar ou preservar valor a curto, médio e longo prazos. A automação de tarefas manuais, como a coleta de dados, permite que os investidores se concentrem em atividades que agregam mais valor, além de apoiar uma tomada de decisão mais informada por meio de análises e insights aprimorados. Pressão regulatória e do mercado Também a conformidade com regulamentações e padrões voluntários é simplificada por meio do uso de softwares. Regulamentações como a Diretiva de Relato de Sustentabilidade Corporativa da União Europeia (CSRD), a Diretiva de Divulgação de Finanças Sustentáveis da União Europeia (SFDR) e as normas S1 e S2 das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) — estas últimas adotadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil — exigem a divulgação de impactos, riscos e oportunidades de sustentabilidade por parte das empresa. Ferramentas digitais facilitam essa conformidade, assegurando que as informações divulgadas sejam precisas. Outro benefício crucial é a capacidade de fornecer relatórios personalizados e detalhados para diferentes stakeholders, tanto informações públicas quanto confidenciais. Isso inclui a divulgação de informações para reguladores, investidores finais e outros stakeholders relevantes. A disponibilidade de dashboards e visualizações permite uma análise mais intuitiva e a identificação de pontos críticos, como, por exemplo, hotspots de emissões de gases de efeito estufa dentro de um portfólio. A Central ESG® da Report A Central ESG® da Report atende mais de 5,2 mil usuários de 210 empresas, conta com mais de 1.000 indicadores (mais de 100 deles climáticos) alinhados aos principais standards e frameworks do mercado. A solução oferece três grandes módulos: • Módulo Coleta: coleta de  indicadores próprios, GRI, SASB, TCFD, IFRS S1 e S2, COP, inventário GEE, questionários CDP, Índices & Ratings (ISE B3, Dow Jones Sustainability Index entre outros); • Módulo Gestão: com visualização em gráficos que permitem acompanhar metas de indicadores e planos de ação; • Módulo Comunicação: Painel de Indicadores com publicador real-time na web. Um exemplo do nosso módulo de comunicação é o ESG Scorecard da Natura, que pode ser conferido neste link. Solicite uma demonstração da Central ESG®. Diferente da Skynet Em resumo, as soluções digitais no campo da sustentabilidade desempenham um papel vital na capacitação das empresas para atender às crescentes demandas de transparência e responsabilidade ESG. Elas não apenas ajudam na conformidade regulatória e na gestão de dados, mas também promovem a melhoria contínua do desempenho sustentável, fortalecendo a credibilidade e a competitividade das empresas no mercado global. E, felizmente, diferente da Skynet, essas soluções digitais estão aqui para nos ajudar, não para nos destruir. Pelo menos por enquanto…

Greenwashing - Prática de comunicação A imagem mostra a mesa de trabalho com um notebook aberto e ligado à frente e uma pessoa desfocada sentada ao fundo.

Greenwashing: conheça sete aspectos dessa prática equivocada de comunicação

Atuar de acordo com os preceitos do desenvolvimento sustentável está na agenda de diversas empresas, e muitas já estabeleceram uma jornada em sustentabilidade.  A comunicação da estratégia ESG, no entanto, pode incorrer em erros graves quando realizada sem uma atenção para a simetria entre imagem e realidade , resultando no Greenwashing — atividades que fazem o público acreditar que uma empresa está fazendo mais para proteger o meio ambiente do que realmente faz. O estudo “Beyond checking the box – How to create business value with embedded sustainability”, da IBM, mostra que 52% das empresas que adotam práticas sustentáveis têm mais chances de superar seus pares em lucratividade. Além disso, apresentam uma taxa de crescimento de receita 16% maior. Os dados explicam por que o uso do Greenwashing é cada vez mais comum. Como a temática de proteção e valorização ambientais é cada vez mais importante para a sociedade e entre investidores, a prática representa não apenas risco reputacional, mas também financeiro, e pode até ser enquadrada como crime. Leia também: Aprenda a identificar os “washings” na comunicação a partir de cases famosos. Para saber como o Greenwashing acontece — de maneiras mais ou menos perceptíveis — vale ficar de olho nestas sete formas como pode se manifestar. Acompanhe:  1- Greenrising: acontece quando a empresa altera suas metas quando estas estão ameaçadas ou quando os stakeholders percebem que são irrelevantes. 2- Greenhushing: ocorre quando as empresas escondem informações ambientais negativas ou quando silenciam sobre suas práticas para não despertar reações indesejadas no público. 3- Greenlabelling: se dá pelo uso de selos ambientais sem certificação ou quando os rótulos são pensados para parecerem sustentáveis. 4- Greenlighting: essa prática faz com que certos aspectos sustentáveis sejam mais destacados a fim de desviar a atenção de características prejudiciais.  5- Greenshifting: se dá quando a empresa tenta transferir sua responsabilidade ambiental para os consumidores, como se ações individuais pudessem ter o mesmo impacto que grandes movimentações corporativas.  6- Greencrowding: acontece quando uma empresa comunica sua aderência a  uma movimentação voltada à sustentabilidade realizada por outras companhiasmas não atua de fato para isso.  7- Carbon-washing e Climate-washing: se referem a ações de empresas que dizem atuar sobre a redução de emissões de carbono e na realização de ações climáticas, mas que na verdade nunca o fizeram. Além destes, há uma grande variedade de washings como bluewashing (Pacto Global da ONU), pinkwashing (Câncer de Mama), rainbowwashing (LGBTQIAP+), brownwashing (racial), entre outros. O curso “Comunicação ESG e os perigos do Greenwashing”, do Grupo Report, ajuda gestores de empresas a evitar os problemas acima. Em três encontros de duas horas de duração cada, é possível conhecer casos e mergulhar em exemplos relacionados ao greenwashing e aos diversos outros washings. Veja mais informações no site da Report.   

Comunicação ESG exige pensamento integrado; entenda

Cresce a importância dos relatos ESG e, em paralelo, a necessidade de que as organizações tenham clareza do impacto de suas atividades O universo corporativo tem demonstrado apetite para se transformar a partir das boas práticasde comunicação em sustentabilidade. Em parte, porque estão sendo pressionadas a falar mais (e melhor) sobre tais temas, mas também por uma cultura de transparência em ascensão. Pela ótica dos executivos, o pensamento integrado tem ganhado corpo e comprova o potencial da comunicação ESG para repaginar planos de negócio e torna-los contemporâneos. Conceituando o pensamento integrado O conceito de pensamento integrado é, segundo a Estrutura Internacional (IR), uma “consideração ativa” de uma empresa conforme as conexões “entre suas diversas unidades operacionais e funcionais”. Isso leva “à tomada de decisão integrada e ações que levam em conta a geração de valor em curto, médio e longo prazo”. Assim, o pensamento integrado pode ser encarado como um mecanismo que permite às organizações entenderem os capitais dos quais dependem, sejam eles financeiros, sociais, humanos etc. Possibilita, ainda, que as companhias tenham mais clareza do impacto de suas atividades, o que, consequentemente, leva a decisões mais assertivas e perenes. Relação entre pensamento integrado e relatórios empresariais Quem produz relatórios empresariais está em contato com uma série de novidades em termos de normas, metodologias e diretrizes. É o caso do Relato Integrado (IR), liderado globalmente pela IFRS Foundation, que gerou discussões sobre a integração como premissa – das decisões estratégicas às rotinas de interação entre empresas e sociedade. Ter um panorama do todo gera resiliência e oportunidades na comunicação sustentável. Quem tiver entendimento para navegar por este cenário, terá, certamente, muitos ganhos. De acordo com uma matéria publicada no final do ano passado na Sustainability Magazine, o avanço da terceirização do monitoramento e relatórios ESG de rotina é uma das grandes tendências para 2024. Isso porque as empresas têm entendido melhor a necessidade de ter uma equipe especializada, com conhecimento suficiente para não apenas coletar dados, mas entende-los e divulga-los adequadamente. Diante disso, nós, profissionais deste segmento, ganhamos a incumbência de converter processos de relato em consultorias de comunicação e pensamento integrados. Dessa forma, conseguimos construir parcerias transparentes, pautadas em boas relações que criam valor, seja ele monetário ou não.

Pensamento Integrado: um caminho para o desenho de estratégias abertas e colaborativas

Na hora de tomar decisões importantes sobre o futuro dos seus negócios, qual o nível de abertura e colaboração que as empresas devem incorporar ao trabalho de formulação estratégica? Responder a essa pergunta pode parecer simples: depende do perfil jurídico e tamanho da organização seria uma resposta rápida a vir à mente. Essa é uma resposta tão ágil quanto perigosa e imprecisa. Nessa linha de raciocínio, companhias de capital aberto, listadas em bolsa, habitualmente não decidem seus rumos sozinhas; têm de prestar contas a grupos amplos de investidores, credores, acionistas e gente distribuída no mercado de capitais. Já as de capital fechado tendem a parecer mais “livres” para pensar seus planos, por prestarem contas a menos gente. Assim, pensar e planejar negócios com olhar de longo prazo seria – apenas seria – uma tarefa mais complexa para conglomerados e organizações for profit de grande porte, restando a outros perfis de negócios um pensar estratégico mais ensimesmado e menos dinâmico. A história, porém, mostra que não é bem assim; na verdade, a literatura sobre estratégia indica que o século XX viu surgir teorias que indicam a necessidade de negócios abrirem a caixa preta e observarem as interconexões entre atividades empresariais, impactos gerados e recursos financeiros e não financeiros essenciais para sua existência. Modelos mais pautados pelo léxico do “integrado”, “aberto”, “colaborativo”, “sistêmico”, “integral” e “holístico” viraram moda nas escolas de administração e consultorias de estratégia. Isso decorre de uma movimentação que reflete, do muro para dentro, uma realidade dada que está há décadas fora dos escritórios das empresas. Três asserções demonstram a caducidade dessa divisão entre “empresas grandes que prestam contas a muita gente” e “negócios familiares”. A primeira é que, na prática, todo mundo presta contas a um raio de influência relativamente grande, que inclui quem trabalha na empresa, os que prestam serviços e os que têm vidas afetadas por sua existência (consumidores e comunidades de entorno, por exemplo). Em segundo lugar, nenhuma empresa é uma ilha. Todo negócio, por menor ou mais caseiro que seja, precisa, cada vez mais, sentar no divã e colocar suas bases estabelecidas em xeque, para se adequar a um mundo e uma economia global marcados pela tríade pós-moderna da volatilidade, transitoriedade e complexidade. Isso exige abertura, disposição ao diálogo e uma visão mais integrativa das questões que guiam as decisões e, é claro, afetam os resultados empresariais no curto, médio e longo prazos. O terceiro ponto é, talvez, o mais importante numa abordagem comportamental aplicada às pessoas jurídicas: isolamento vai na direção contrária de performance. Empresas com cadeias ultracontroladas, atividades dissociadas de parceiros e visão estreita de engajamento/relacionamento tendem a se desconectar dos stakeholders vitais e, também, ter sua reputação definida por tal postura, além de perder o lugar na janela do ônibus sem perceber – já que suas ideias não se atualizam na mesma velocidade do mundo. Voltemos, então, à questão inicial, agora com mais detalhes. Qual o nível de abertura e colaboração necessário para processos de reflexão estratégica? E mais: quem trazer para a conversa e como priorizar, escutar e filtrar considerações dos públicos? O que é preciso fazer para incentivar uma cultura de alianças e diálogos e, assim, tomar decisões de menor perfil de risco e maior impacto positivo nas jornadas dos negócios? Dois conceitos, intimamente conectados, nos ajudam a encontrar respostas possíveis: Pensamento Integrado e Open Strategy. Vamos nos dedicar, aqui, a depurar o primeiro – e lançar premissas a ele associadas que viabilizam a construção de estratégias de negócios abertas. O que é Pensamento Integrado? Como se aplica? O pensamento integrado pode ser entendido como uma filosofia empresarial que, de um lado, traduz preocupações de profissionais de Finanças e Contabilidade sobre o modo como empresas são conduzidas – e, de outro, demonstra como estas podem ser mais estáveis, saudáveis e produtivas por meio da consideração ativa dos diversos capitais (financeiro e não financeiros – social, natural, intelectual, humano etc.) que utilizam e sobre os quais produzem impactos. No texto “Integrated Thinking: Measuring the Unobservable”, os pesquisadores Irma Malafronte e John Pereira, das universidades de Roehampton e Kingston, no Reino Unido, resgatam a trajetória de debates sobre um modelo integrado de pensamento aplicável às empresas. Citam estudos em mercados pontuais, destacam a necessidade de critérios objetivos para mensurar/avaliar o nível de integração de administradores e suas decisões. E estabelecem um método para examinar, em estudo limitado a algumas companhias abertas, como posicionar empresas de acordo com seu nível reportado – e legível externamente – de integração. A conclusão dos autores é bem objetiva: “Embora a investigação sobre pensamento integrado e relatórios esteja a emergir na literatura recente sobre relatórios, ainda é preciso compreender o pensamento integrado na prática e o seu desenvolvimento ao longo do tempo” (Malafronte; Pereira, 2020, pág.5, tradução nossa). A menção a “relatórios” não ocorre por acaso. A discussão sobre pensamento integrado ganhou força na última década por conta do movimento do Relato Integrado <IR>, iniciado pelo International Integrated Reporting Council (IIRC), continuado pela Value Reporting Foundation (VRF) e hoje sob liderança da IFRS Foundation. No framework lançado pelo IIRC em 2013, a prática da divulgação integrada de resultados, desempenhos e perspectivas dos negócios das empresas sob a ótica <IR> era associada a empresas que pensavam a si próprias de maneira conectiva e holística, produzindo resultados mais estáveis e sólidos ao longo do tempo – e que os comunicam de forma clara a provedores de capital e outros stakeholders. Conforme o texto das diretrizes, o pensamento integrado “leva em consideração a conectividade e as interdependências entre uma gama de fatores que afetam a capacidade de uma organização de gerar valor ao longo do tempo” (IIRC, 2013, p.2), incluindo os estoques de valor representados pelos capitais que o negócio acessa e transforma; a capacidade de atender aos interesses dos stakeholders; a adaptabilidade do modelo de negócios e da estratégia ao ambiente externo; e os desempenhos e impactos gerados com relação aos capitais. O conceito foi trabalhado posteriormente em outros estudos da IIRC e da VRF, chegando ao

Sustentabilidade: 4 dicas para uma comunicação estratégica

No contexto corporativo, sabe-se que é preciso produzir relatórios ESG, mas como trabalhar a comunicação para um relato eficiente e coeso? Neste post, reunimos algumas dicas básicas Sustentabilidade não é um assunto tão simples, se pensarmos nas diretrizes, normas, padrões e siglas que surgem e que, claro, podem confundir a cabeça de quem não é do ramo. Por outro lado, as corporações sabem que é preciso adotar um processo de comunicação transparente no que diz respeito a suas iniciativas na agenda sustentável. Então, muitas delas podem se perguntar: por onde começar? A seguir, trazemos quatro dicas para responder a esta questão! 1) Crie uma cultura de sustentabilidade Por mais óbvio que pareça, antes de querer relatar ações sustentáveis, é preciso incorporá-las no dia a dia da empresa. Não se trata de ceder a uma demanda da sociedade ou dos investidores, mas de criar uma cultura que, no fim das contas, vai solidificar a companhia ao torna-la mais transparente. Por este motivo, estabelecer uma cultura de sustentabilidade é fundamental para obter sucesso lá na frente – e isso pode começar com pequenos incentivos. É possível, por exemplo, utilizar os canais internos para promover campanhas (como de reciclagem no escritório), com pequenos prêmios como incentivo. Aos poucos, pode evoluir para treinamentos e outras iniciativas. 2) Faça um raio-X da organização Quando a companhia já estiver madura do primeiro passo, é hora de caminhar para o segundo: a elaboração do relatório . Tal ferramenta de comunicação tem se mostrado vital para alcançar diversos públicos. Há, no entanto, uma série de modelos, técnicas de elaboração e padrões que podem confundir mais que ajudar, mas, neste caso, vale a máxima: “comece pelo básico”. O relatório deve ser produzido a partir de um raio-X da companhia, como resposta a perguntas como: em que momento ela se encontra em relação à Sustentabilidade? O que deseja a curto, médio, e longo prazo? Quais são os desafios para atingir os objetivos pretendidos? 3) Evite usar jargões corporativos Muitos relatórios produzidos atualmente contêm diversas informações irrelevantes, como dados “jogados”, não explicados e que, por vezes, estão no documento apenas para aumentar seu tamanho. Assim, é fundamental se atentar aos tópicos principais do negócio, evitando expressões inadequadas, ou, em outras palavras, jargões. Também é importante escrever de maneira acessível a todo e qualquer público. 4) Aposte em cursos com experts em relatórios A comunicação ESG é, portanto, a ponte para a confiança com stakeholders e consumidores, sendo capaz de demonstrar o compromisso de uma empresa com questões ambientais e de responsabilidade social. Aprender com quem domina essa maneira de se comunicar é mais uma dica importante. Por este motivo, nós, do Grupo Report, disponibilizamos o curso Relato Integrado, orientado pelos princípios da agenda ESG. O conteúdo programático aprofunda os conceitos de relato integrado e pensamento integrado, além de discorrer sobre criação de valor. Trata-se, também, da chance de estabelecer networking com empresas e profissionais engajados nos temas ESG e de sustentabilidade.

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